sexta-feira, 14 de junho de 2013
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
MANIFESTO EM DEFESA DO ASSENTAMENTO MILTON SANTOS: UM NOVO PINHEIRINHO?
Neste
ano de 2012, o grande capital, o governo Alckmin e a polícia do Estado de São
Paulo vêm em conjunto dando mostras de que atualmente o desenvolvimento só
prospera de mãos dadas com a barbárie mais insana. Já no mês de janeiro fomos
surpreendidos pela brutalidade indescritível que a tríade empregou no despejo
dos 8 mil moradores do bairro Pinheirinho, município de São José dos Campos.
Motivo: favorecer o interesse do megainvestidor Naji Nahas. Mais recentemente,
acompanhamos, estarrecidos, o despejo de um número imenso de moradores de
favelas bem localizadas na cidade de São Paulo mediante uma série de incêndios muito
suspeitos. Motivo: favorecer o avanço dos setores econômicos envolvidos na
especulação imobiliária.
No
mês de junho, as 68 famílias do Assentamento Milton Santos, do MST, localizado
no município de Americana, região metropolitana de Campinas, receberam ordem de
despejo a ser cumprida a qualquer momento a partir de 15 de outubro próximo.
Motivo: reverter um adiantado processo de desapropriação de terras em
cumprimento de sua função social e favorecer o interesse da falida família
Abdalla, antiga proprietária da área e condenada por dívidas gigantescas
contraídas, sobretudo, com os trabalhadores sob sua “responsabilidade”.
Recordando: o Assentamento Milton Santos resultou de muita luta pela reforma
agrária, foram várias ocupações até que finalmente a posse da terra foi
repassada do INSS para o INCRA, dando início ao projeto de assentamento. Em 23
de dezembro de 2005, as famílias estabeleceram-se na área de 104 hectares, encravada
no interior de 17000 hectares de cana da Usina Ester. Desde então, tem sido
árdua e permanente a luta pelo estabelecimento dos assentados em seus lotes.
Construíram casas de alvenaria, roças e as benfeitorias mais diversas para
garantir a produção e a reprodução de sua sobrevivência. Trata-se, portanto, de
um assentamento consolidado pelo esforço sem trégua de seus moradores.
Esses
e inúmeros outros casos decorrem, em todas as regiões do país, da hegemonia neoliberal
exercida pelo setor financeiro, pelo agronegócio, pela construção civil, pela
mineração, pelo complexo industrial militar e pela indústria que cresce sob a
lógica do desperdício. O avanço desenfreado do capital vem provocando a mais
séria devastação ambiental do planeta e a mais absoluta miséria a milhões de
famílias trabalhadoras no Brasil e no mundo inteiro. Frente aos métodos cada
vez mais brutais que se vem empregando a fim de garantir a permanência dessa
hegemonia, NADA até aqui garante que os moradores do Assentamento Milton
Santos, na defesa legítima de suas conquistas, não sejam as próximas vítimas da
truculência daqueles três poderes estabelecidos em São Paulo.
Por
isso é que nós, abaixo-assinados, repudiamos todo e qualquer tipo de violência
física e moral que por ventura venha a ser cometido contra o Assentamento
Milton Santos. Para tanto, ficaremos em ESTADO
DE ALERTA às formas pelas quais o INCRA e demais autoridades conduzirão as
negociações com a comissão dos assentados constituída para tal.
E,
mais, exigimos a urgente desapropriação por interesse social da área para que
essas famílias tenham, enfim, a possibilidade de recompor a dignidade vorazmente
solapada pelo espectro do desemprego estrutural e todas as demais formas atuais
de trabalho e de vida degradantes, seja no campo, seja na cidade.
Americana,
12 de Outubro de 2012.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
FAMILIAS DE TRABALHADORES AMEAÇADAS DE MORTE
![]() |
Acampamento Frei Henri de Roisers - MST
|
São 280 famílias de trabalhadores e
trabalhadoras rurais mobilizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais sem
Terra, que desde o ano de 2010 se encontram acampadas em uma área rural no
município de Curionópolis, conhecida como acampamento Frei Henri, a margem da
rodovia PA-275, a 16 km da cidade de Parauapebas, no sudeste do Pará.
Esta área, medindo 400 hectares,
pertencente à União, conhecida como fazenda Fazendinha é de interesse de um
fazendeiro conhecido como Dão baiano, que já tentou regularizar a área em nome
de uma de suas filhas, mas foi negado por representantes do programa Terra
Legal, tendo em vista que a mesma já é assentada em um Projeto de Assentamento
do INCRA.
Diante da impossibilidade do
fazendeiro em regularizar a área grilada, como sua propriedade, em seu nome ou
de um de seus familiares, o mesmo não aceita que os trabalhadores rurais sem
terra acampados possam continuar na parte que ocupam, desenvolvendo o plantio
de culturas de subsistência e de hortaliças, para garantir um pouco de renda e
os seus sustentos alimentar.
No final do mês de setembro as
famílias acampadas, com o uso de um trator agrícola, iniciaram o preparo de
área para o plantio, chegando a destocar e arar em torno de 10 hectares, até o
dia 05 de outubro. Neste momento o fazendeiro enfurecido interviu no sentido de
não permitir que mais áreas fossem
preparadas, obrigando que as famílias se contentassem com apenas a área já
trabalhada.
Diante da reação das famílias o fazendeiro
buscou apoio junto à organização criminosa dos fazendeiros da região,
arregimentando todos seus pistoleiros para destruírem o acampamento dos
trabalhadores rurais e expulsá-los da área. Para tanto desde o dia 08 de
outubro começaram a se concentrar na sede, que fica a uns 500 metros do
acampamento, e montar trincheiras próximas do acampamento.
Já são três noites de tiroteio. Da
noite do dia 09 para o dia 10 pistoleiros sob o comando de fazendeiros
promoveram um grande tiroteio contra as famílias de acampados, que teve início
às 21 horas do dia 09 e durou até às 07 horas do dia 10, com vários intervalos.
O resultado foi a queima de alguns barracos e a desestruturação psicológicas,
principalmente das crianças e dos mais idosos.
Durante o dia 10 as famílias
interditaram a rodovia PA-275, em frente ao acampamento, até ao meio dia, para
chamarem a atenção das autoridades para a solução do problema. A direção do MST
provocou uma reunião que participaram o advogado do fazendeiro, juiz da Vara
Agrária, superintendente do INCRA, ouvidor agrário, advogado da CPT e o filho
do fazendeiro Sidinei Rubens de Oliveira Barreto, mas que nenhuma decisão foi
tomada.
O filho do fazendeiro defendeu de
forma contundente a imediata retirada das famílias do acampamento, como se a
terra fosse de sua propriedade. Por outro lado o MST e da CPT defenderam a
proposta de que fossem encerradas as agressões contra as famílias e que estas pudessem
continuar preparando a terra para o plantio de suas roças.
Na área, com o uso de tratores, os
pistoleiros passaram o dia construindo trincheiras para garantir suas proteções
para melhor atacarem as famílias. Enquanto os agricultores, muito aflitos e
inseguros diante da ausência de posições das autoridades e do avanço dos
pistoleiros, procuravam formas de resistirem a outros tiroteios que pudessem
vir a acontecer.
Muitos policiais civis e militares
estiveram na área, inclusive o delegado da delegacia de policia civil de
Curionópolis, mas nenhuma atitude foi tomada no sentido de reprimir os pistoleiros
ou de efetuar o desarmamento dos mesmos. Mas como proteção aos fazendeiros e
pistoleiros, a policia militar montou duas barreiras na PA-275, próximas a
cidade de Curionópolis e Eldorado de Carajás. Uma outra barreira foi montada na
BR-222, às proximidades do acampamento Helenira Resende, do MST. Estas
barreiras dificultam a passagem de militantes do MST para reforçar a
resistência no acampamento.
Nas noites do dia 10 e do dia 11, os
pistoleiros sob o comando dos fazendeiros promoveram novamente outros tiroteios
contra o acampamento, durante toda a noite, queimando alguns barracos,
provocando terror e medo. As famílias estão sendo protegidas pela resistência
montada pelos trabalhadores.
Enquanto tudo isto acontecia, a 100
Km dali, a Escolta Armada do grupo Santa Barbara, protegida pela Policia do
Estado, concentrada na fazenda Cedro, cercavam o acampamento Helenira Resende,
espancando trabalhadores e proibindo as famílias de prepararem a terra para
fazerem os seus plantios. Estas famílias reclamam também, de venenos jogados de
avião sobre o acampamento, causando doenças graves e morte de pessoas.
![]() |
Trincheiras construídas pelos
fazendeiros próximas do acampamento
|
É uma verdadeira guerra, que se
caracteriza por chacinas e massacres, entre desiguais do campo e da cidade, na
região da província mineral de Carajás. Guerra promovida e financiada pelo
Estado e o Capital - representado pelo latifúndio e a Vale - contra as famílias
de trabalhadores e trabalhadoras rurais e os movimentos sociais que se
manifestam contrários a esta situação de barbárie.
Com os investimentos cada vez maiores
em rendas sobre terras e minérios, a estratégia fica bem clara: espoliação e
exploração da classe trabalhadora aumentando progressivamente a massa de
despossuídos e miseráveis, por outro lado o fortalecimento da classe patronal,
latifundiária e empresarial, nos campos e nas cidades.
Instituições públicas se transformam
em postos de distribuição de migalhas aos pobres, instrumentos de forte
repressão, assassinato e criminalização dos movimentos sociais populares, e por
fim, em balcões de negócios de arrecadação de fundos para campanhas eleitorais,
que acontecem a cada dois anos.
Este cenário aponta para mais um
derramamento de sangue de trabalhadores(as), prisão e criminalização de
lideranças, defesa e proteção dos latifundiários e assassinos do sul e sudeste
do Pará, orquestrada pelo aparato jurídico e policial do Estado. Pode resultar
em mais um massacre ou uma chacina de desprotegidos da Lei, que só tem sido
aplicada em defesa do poder econômico.
Conclamamos a todos e todas lutadores
e lutadoras do povo a se unirem em defesa dos oprimidos, das familias do
acampamento Frei Henri, dos direitos primordiais necessários para garantia da
vida e, por um movimento forte para destruição do capitalismo e dos capitalistas,
antes que seja tarde.
Marabá, 12 de outubro de 2012.
Centro de Educação, Pesquisa e
Assessoria Sindical e Popular – CEPASP
Movimento Debate e Ação
Coletivo Amazônida de Formação e Ação
Revolucionária – CAFAR
Maria Orlanda Pinassi – professora
São Paulo
![]() |
Presença de policiais militares no
acampamento
|
quarta-feira, 27 de junho de 2012
O Impeachment do Presidente Fernando Lugo foi planejado
O Golpe de Estado que aconteceu no Paraguay já havia sendo planejado desde o ano de 2009 quando o ex Presidente Fernando Lugo assumiu a presidência do país.
Vazou documentos pelo site Wikileaks, mostrando o planejamento do "Golpe Parlamentar".
Segue o link para visualização do documento:
terça-feira, 26 de junho de 2012
ATO PÚBLICO CONTRA O GOLPE DE ESTADO NO PARAGUAI
Ontem, dia 25 de
junho de 2012, ocorreu um Ato Público contra o Golpe de Estado que está
ocorrendo no Paraguai. A atividade foi desenvolvida na Praça Naipi, onde também
esta situada a Pedra Fundamental do Monumento da América Latina.
O ato contou com
aproximadamente 50 pessoas, sendo a maioria estudantes da Universidade da
integração Latina América (UNILA). Com bandeiras do Paraguai sobre o corpo, com
bandeirinhas nas mãos e algumas faixas, gritavam a frase: “NO AL GOLPE, FUERZA
PARAGUAY!”.
Ainda na praça foi pendurada uma faixa para
registrar o acontecimento e os motivos que o forçaram os manifestantes a
organizarem o ato. Depois da manifestação foi cogitado a ideia de fazer outro ato
na Ponte da Amizade, divisa que separa o Brasil e o Paraguai, visando parar o
fluxo sobre a ponte e mobilizar toda a comunidade regional.
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Denuncian tortura a detenidos en Curuguaty - Paraguay
Las organizaciones sociales y campesinas del departamento de Canindeyú instaron a las autoridades a garantizar la vida de los campesinos heridos que siguen en el monte de las inmediaciones del Campo Morombí en Canindeyú y denunciaron tortura a detenidos.
En un comunicado a la prensa, las organizaciones campesinas realizaron un llamado a las autoridades nacionales “para garantizar la vida de los campesinos heridos que aún siguen en los montes y los desaparecidos y evitar así que más familias paraguayas queden enlutadas ante los hechos de grave violencia acontecidos en el lugar”
Por otro lado solicitaron la presencia de una “comitiva interinstitucional”, así como representantes del gobierno para lograr “una tregua en las operaciones de policías y militares y lograr la entrega pacífica de los heridos y el retiro de los fallecidos que reclaman los familiares de los ocupantes”.
En el comunicado también denunciaron “detenciones arbitrarias” de personas “que no tienen nada que ver con la ocupación, quienes son detenidos por auxiliar a heridos o por el simple hecho de ser familiares de los ocupantes de las tierras.
Denunciaron que los detenidos fueron torturados y muchos se encuentran sin acta de detención en la comisaría de Curuguaty.
El pasado viernes, 11 campesinos y seis policías fallecieron en un enfrentamiento en la localidad disputada, ubicada en la cercanía de Curuguaty, del departamento de Canindeyú.
Fonte: www.abc.com.py
segunda-feira, 4 de junho de 2012
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