Buscando ampliar nossa atuação, aos domingos o Fronteira Zero abrirá espaço para apresentarmos, conhecermos e ajudarmos na divulgação de artistas, grupos, instituições que, como nós, também expressão preocupação com a realidade das três fronteiras. A idéia é garantir uma aproximação entre aqueles que querem um futuro diferente e melhor!
Na nossa primeira conversa apresentamos uma das bandas mais representativas da cultura de combate da região da fronteira, o Socialmente Incorreto. Composta por integrantes que atuam na cena underground de Foz do Iguaçu a alguns anos, a banda apresenta um som rápido e com letras politizadas, tentando despertar o seu público para as contradições do mundo em que vivemos. Sem mais delongas, segue um rápido bate papo com seus integrantes.
Como surgiu o Socialmente Incorreto?
A banda surgiu no ano de 2003. A iniciativa partiu do Rodrigo (baixo) e do Junior (vocal) que convidaram outros dois amigos para fazer alguns ensaios. Fizemos nosso primeiro show no mesmo ano onde tocamos apenas 5 músicas, todas composições da banda, Em 2007 fizemos nosso primeiro e até agora único registro um EP em com 8 músicas que ainda pode ser adquirido. Após o lançamento algumas portas se abriram e tivemos a oportunidade de tocar em outras cidades do Sul do Brasil.
Quais são as influências musicais?
As influências, a princípio, é o hardcore novaiorquino, rap, punk, enfim... mas não temos isso como padrão até para não manter o som muito restrito.
O que retratam as letras das canções?
As letras falam de nossas vivências, expectativas e frustrações. Todos os integrantes da banda passaram a maior parte da vida nessa cidade e, provavelmente, continuaremos aqui. Então quem escutar nossas músicas perceberá que falamos diretamente de coisas que afetam os iguaçuenses. Falamos dos problemas que são os mesmo há muito tempo (violência, degradação do meio ambiente, etc). Mas nós não restringimos a ficar reclamando e apontando defeito temos canções onde a temática aborda coisas positivas como amizade, nosso estilo de vida.
Todos os integrantes dedicam-se unicamente a banda?
Não. Os quatro integrantes possuem suas atividades paralelamente à banda. Questão de sobrevivência sabe como é.
Os integrantes desenvolvem outras atividades políticas?
Realmente ligado a política não, alguns dos integrantes são adeptos de estilos de vida que não faz uso de álcool ou drogas. Mas essa visão não é abordada pela banda em suas letras.
Como a situação de vivenciar as fronteiras internacionais interfere ou atua na produção de vocês?
Comumente, o termo “fronteira” vem carregado de significados pejorativos, principalmente a imagem passada pela “grande mídia”. O fato é que mesmo sendo uma região com todo tipo que problema, não podemos esquecer que esse meio é feito de pessoas, com suas necessidades (que muitas vezes as empurram para a contravenção), mas com potencial para promover melhorias na vida de todos. Não se trata de negar os fatos, mas ampliar o espectro de visão.
Quais os projetos futuros?
Quem tiver interesse em acompanhar a banda segue o link: www.myspace.com/socialmenteincorreto
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