sexta-feira, 29 de abril de 2011

1º DE MAIO - DIA DO TRABALHADOR

QUEM É VOCÊ?
Os trabalhadores formam uma classe, com objetivos e interesses diferentes dos patrões e empresários. De um lado, a luta por um bom salário e condições dignas de trabalho. Do outro, tiram nossa pele para aumentar o lucro. Ou você acha que nós, os trabalhadores podemos ter os mesmos interesses de quem explora nosso trabalho?
Essa é a lógica do capitalismo. Um sistema que vive em crise sem fugir da sua essência: a exploração do homem pelo homem. Não podemos ter ilusões. A história da classe trabalhadora é feita de lutas e nossos direitos são resultado da ação daqueles que enfrentam os ataques do capital e de seu Estado. Os nossos direitos não são fruto das concessões dos patrões e governos.
É preciso ficar de olho aberto. Temos que denunciar as artimanhas de quem tenta mascarar as diferenças e contradições entre os que produzem a riqueza e os que se beneficiam da força de trabalho das pessoas.
Aqui em Foz do Iguaçu ou em qualquer lugar do mundo, a realidade é a mesma.  Inventam que agora “somos colaboradores e afins”, buscam cada vez mais transformar o Dia do Trabalhador num dia de confraternização, com sorteio de prêmios. Também temos esse direito. Mas, temos de ter consciência que podemos conquistar outros tantos direitos.
Nesta data, reafirmamos que o 1º DE MAIO É O DIA DE REIVINDICAÇÕES E DE DENÚNCIAS. Só vamos acabar com a exploração quando nos enxergarmos como classe e lutarmos por novas conquistas, por uma sociedade socialista. E um dos espaços para que todos se assumam como categoria é o sindicato. Cobre do seu sindicato a defesa dos trabalhadores. Participe, discuta, faça com que sua reivindicação seja transformada em direito!
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A estratégia de sempre: aumentar
o lucro nas costas do trabalhador
Em 1891, em Paris, trabalhadores socialistas de países industrializados da época, reunidos num congresso da Internacional Socialista, consagraram essa data como o Dia Internacional dos Trabalhadores. A data foi escolhida em homenagem aos operários assassinados numa greve geral realizada em 1886 nos EUA.
Hoje, classe trabalhadora está perdendo o que conquistou em 200 anos de lutas. Vemos o aumento do horário de trabalho em países como França, Alemanha, Itália e muitos outros. É a mesma ofensiva dos patrões do mundo inteiro. É a mesma política aplicada em qualquer país que se dobra as ordens do grande capital mundial, coordenado pelo FMI e grandes empresas multinacionais, etc.

No Brasil, os empresários exigem mudanças nas leis para flexibilizar todos os direitos. Querem diminuir o que chamam de custo do trabalho. Na verdade, eles querem aumentar seus lucros nas costas dos trabalhadores. Para isso, inventam palavrinhas inocentes como flexibilização, reforma, banco de horas, participação nos lucros e resultados. Tudo para aplicar seu plano de tirar o que classe trabalhadora conquistou em 200 anos de luta.
No começo governo da presidente Dilma, por exemplo, a votação do salário mínimo demonstrou que o novo governo está sedento para demonstrar às forças da burguesia a disposição por um grande arrocho nas contas públicas. O cenário para os trabalhadores está ainda pior que no governo Lula.
·         Colaborador ?
·         Profissional liberal?
·         Terceirizado?
·         Informal?
·         Parceiro?
·         Microempreendedor individual?
·         Prestador de serviço?



Em Foz do Iguaçu, a situação consegue ser ainda pior!

Em Foz do Iguaçu, além dos ataques aos direitos básicos, proliferam o assédio moral, estágios ilegais, perseguições, acúmulos e desvios de função. Há filas no INSS por causa de trabalhadores com (LER) Lesões por Esforços Repetitivos. Os consultórios psiquiátricos vivem lotados de gente que não agüenta mais a pressão dos patrões “por resultados”.

A Prefeitura, por sua vez, repete a estratégia da iniciativa privada. E o pior. Logo ela, que deveria pensar em primeiro lugar no cidadão, realiza privatizações e terceirizações em setores fundamentais para a população, como transporte e saúde.

Esses desmandos são resultado de uma aliança entre duas forças políticas da cidade: uma, sempre assumiu a sua posição em favor da privatização dos serviços públicos; a outra, se disfarça de aliados dos trabalhadores para retirar benefícios eleitorais.

Os problemas também imperam na fronteira pela falta de empregos. Brasileiros trabalham no Paraguai em terríveis condições. O mesmo acontece aqui. Moradores de Foz do Iguaçu exploram a mão de obra de estrangeiros.  Tudo resultado do capitalismo.

Por tudo isso, levantamos a bandeira do socialismo!

“Quando os trabalhadores
 perderem a paciência”

As pessoas comerão três vezes ao dia
E passearão de mãos dadas ao entardecer
A vida será livre e não a concorrência
Quando os trabalhadores perderem a paciência
Certas pessoas perderão seus cargos e empregos
O trabalho deixará de ser um meio de vida
As pessoas poderão fazer coisas de maior pertinência
Quando os trabalhadores perderem a paciência
Mauro Iasi


O QUE QUEREMOS

■ Nenhum direito a menos, avançar nas conquistas;
■ Redução da jornada de trabalho, sem redução de salário
■ Transporte público de qualidade;
■ Defesa da organização dos trabalhadores desempregados e informais das três fronteiras;
■ Aumento real nos salários; melhores condições de trabalho e contra o banco de horas;
■ Salário mínimo necessário ao brasileiro (R$ 2,2 mil);
■ Fim do imposto de renda sobre os salários;
■ Contra as condições de trabalho que causam doenças;
■ Não financiamento ao FMI e aplicação de recurso em prol dos trabalhadores;
■ Reforma agrária e urbana digna a todos, sob o controle dos trabalhadores;
■ Contra a violência e criminalização do movimento sindical, popular e estudantil;
■ Soberania sobre os recursos naturais; o pré-sal é nosso;
■ Contra o bloqueio a Cuba; apoio à Palestina; retirada das tropas brasileiras do Haiti;
■ Por uma sociedade sem explorados e exploradores, uma sociedade socialista.

APP-Sindicato - NS Foz do Iguaçu
Centro de Direitos Humanos                    
FRONTera HIP-HOP      
Intersindical                                              
Movimento Fronteira Zero                       
MST                                                                 
Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis       
Sindicato dos Trabalhadores em Saúde       
Sindicato dos Jornalistas Foz

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