O modelo estabelecido pela sociedade do trabalho tem desempenhado importante papel na forma que hoje observamos os trabalhadores no setor de turismo. Temos muitas alternativas quando se fala em trabalho no turismo desde a venda de souvenirs, barraquinhas de bugigangas até a exploração sexual ou, como alguns autores denominam, o “turismo sexual”.
Cabe ressaltar que a atividade turística atualmente é tomada pela informalidade, pelo despreparo e pelo desrespeito das autoridades. Só é considerado trabalhador do turismo aquele que paga os devidos impostos, aqueles que de fato organizam e executam a atividade não são vistos e quando se fala deles são considerados um problema social.
A consciência de classes destes trabalhadores que fazem acontecer à atividade em todas as cidades consideradas turísticas ainda está baixa, poucos são ouvidos, ainda são poucos os estudos da área que de certa forma podem amparar e tentar mudar a realidade destes trabalhadores. E nesse sentido, deve-se ressaltar que muitos desses trabalhadores não se reconhecem enquanto agentes da transformação, muitas vezes, pelo fato de que esse ambiente de trabalho está exposto as mais variadas práticas capitalistas de esconder a exploração desses trabalhadores sob os cenários glamurosos dos hotéis, por exemplo, que cercam a atividade turística.
Os conselhos municipais de turismo vedam os olhos para esses “excluídos” que desenvolvem a atividade turística no Brasil, sejam eles, os piranhas das Três Fronteiras e de outras cidades brasileiras ou os vendedores ambulantes de souveniers, todos merecem o respeito e a dignidade de desempenhar seu papel na sociedade e afinal de fazer o turismo acontecer.
O primeiro de maio está próximo e possibilita refletirmos novamente como estão às formas de trabalho que o turismo esta desenvolvendo e quais políticas devem ser seguidas. Assim, é necessário mobilização para que as dificuldades destes trabalhadores sejam explicitadas e que a importância de cada um destes inúmeros informais seja ressaltada. Que a luta da classe trabalhadora se enriqueça tanto nos movimentos sociais e sindicatos quanto nos assuntos acadêmicos dos bacharéis em turismo.
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