sábado, 18 de dezembro de 2010

Hoje é Sábado! Dia de Bate Papo!

Entrevista com Pane Seca!

Preparando-nos para Mostra Cultural do Fronteira Zero que ocorrerá amanhã, dia 19 de dezembro de 2010, trazemos hoje uma rápida conversa com o João, guitarrista da banda Pane Seca. Para aqueles que ainda não conhecem, o grupo faz um som fundamentado nos clássicos do punk rock e apresenta um repertório carregado de letras politizadas e sarcásticas. A entrevista, como era de esperar, é marcada por ironias de quem faz rock por diversão e política sem ser chato!

A banda possui quatro integrantes com histórias próprias no undergroud de Foz do Iguaçu e, mais especificamente, no punk rock. Gostaria que contasse um pouco destas histórias e de como a banda surgiu...
Temos histórias próximas no cenário iguaçuense. O André já foi até apresentador de programa de rádio no Paraguai, coisa de + de 10 anos atrás, depois começou como Vocalista da extinta Extrema Agressão, bem como eu e o Tatho viemos da mesma vertente. O Geraldo veio do Socialmente Incorreto, como já havia tocado com ele em outro projeto, após algum tempo de recesso começamos a ensaiar com a banda PANESECA este ano.

Quais as influências da banda? O que vocês andam escutando?
Caramba!!!! Influências são tantas que olha vai longe... No mais temos o André que com seus 48 anos de estrada, curte tudo com mais de 20 anos e que seja rock... kkkkk. Claro que sempre escutando sons mais atuais, dentre tudo têm The Exploited, Dead Kennedys, Iggy pop, AC/DC, Black Sabbath entre milhares de outros sons. No mais o Geraldo tem uma influência de punk rock Californiano como Pennywise, Bad Religion... Mais também curte sons diversos como Agrotóxico, Cólera, Ratos de Porão, Biohazard... O Tatho curte de tudo um pouco, digamos que seja bem eclético, no mais menos alguns ritmos sabidos que não combinam com rock não estão no seu currículo... Eu, o João, curto tanto som que olha, digamos que se passam fases, vamos começar é claro com muito punk rock, Garotos Podres, este é unânime na banda, Pennywise, NOFX, AFI, 7 Seconds, AC/DC, Pantera, Anthrax, Metallica, Motorhead, para, para... se não não acaba nunca. Lembrando que o negócio ta resumido pra caramba... kkkkk.

Como vocês escolhem o repertório? Como é o processo de construção das músicas próprias?
Normalmente o repertório é montado com ajuda de todos, onde todos se expressam quanto às músicas e são calados no momento seguinte onde prevalece a imposição de um membro da banda... Brincadeirinha... kkkkk.
As letras normalmente são escritas pelo André, mas a gente acaba estragando e mudando um pouco as coisas, pra encaixar nas bases, que normalmente são feitas na hora do ensaio, claro que muita coisa é retrabalhada em casa durante a semana para dar mais sonoridade às músicas.

Sobre que falam as canções de vocês?
Falam de tudo o que acontece no dia-a-dia, trabalho, ideologia, política, esta última ta rendendo... kkkk. Dentre tudo o que cada um já passou ou vive atualmente.


Os integrantes da banda possuem algum envolvimento político ou aproximação com algum movimento, sindicato, partido...
Posso falar por mim, que já fui diretor de formação política do Grêmio Estudantil João Carlos Ferreira. Este que era o do Colégio Barão do Rio Branco, sou filiado ao Sinefi, onde acompanho a luta dos eletricitários da fronteira, já participei de reuniões e tenho proximidade com o pessoal do PSTU. Quanto aos demais colegas, todos insatisfeitos com situação política brasileira, e quem não está.

Como a situação de vivenciar as fronteiras internacionais influência na produção musical de vocês? Ampliando, na opinião de vocês como as fronteiras interferem na vida de vocês?
Quanto à influência musical, digamos que ainda não incorporamos a KchaK no som da banda e muito menos o Tango... Mas sem problemas de xenofobia fora do trânsito... kkkkk. De certa forma, temos influência sim afinal são diversas rádios e canais de televisão aqui na fronteira, fora a ilustre convivência dos hermanos, que nos mostram a cada dia formas diferente de agir e pensar, bem como nós a eles.

Quais as expectativas para a segunda apresentação da banda, que ocorrerá no evento organizado pelo Fronteira Zero?
A expectativa é a melhor possível afinal, poder levar nosso som à comunidade alternativa da fronteira sempre é uma boa experiência e garanto que todos curtirão.

Pra finalizar, quais os planos futuros da banda?
Primeiramente, termos mais tempo para ensaiar, pois uma ou duas horas por semana tem sido tanto quanto insuficiente, mas isso devido conflitos de horário no trabalho, faculdade e família. Seguir fazendo nossas musicas e tocando no cenário rock, esperando reconhecimento pelo som, principalmente da comunidade alternativa. No mais, abraço e obrigado pela oportunidade de mostrar um pouco da banda!!!!

Contatos: joaozank@yahoo.com.br








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