terça-feira, 31 de maio de 2011

Manifestação Artística



♪ “... Enquanto o índio e o povo são massacrados por todo mundo se vociferou aquele povo, aquela gente, pulmão do mundo, tudo que sobrou...” ♪
[Paz verde – Dead Fish]

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Polícia! Para quem precisa?

Foi noticiado ontem (26/05) na mídia nacional que um aluno de Curitiba teria sido retirado do colégio ao qual estuda algemado por Polícias Militares. Este aluno tem 20 anos de idade e cursa o Ensino Médio Regular no período noturno. Segundo consta, o vice-diretor do estabelecimento de ensino solicitou a presença dos policiais por mau comportamento do aluno, o qual foi retirado de sala, em aula, e preso por suposto desacato a funcionário público. Vídeo feito pelos próprios alunos mostra a indignação de uma professora que acompanhou o episódio.
Antes de prosseguir com a reflexão, lembremos de uma musica da banda Titãs que diz: “Dizem que ela existe pra ajudar, Dizem que ela existe pra proteger, Eu sei que ela pode te parar, Eu sei que ela pode te prender, Polícia! Para quem precisa?”. A partir desta canção surge uma pergunta: Aluno indisciplinado é caso de Polícia? Essa pergunta se refere exclusivamente a mau comportamento. Sabemos que no ambiente escolar ocorre eventualidades que de fato são competências da polícia, como pessoas com porte de arma dentro da escola, traficantes que usam o espaço escolar para venderem drogas, ameaças de mortes, entre outros tantos casos. Entretanto buscar auxílio policial para resolver questões pedagógicas nos parece algo exageradamente equivocado.
Questões de indisciplina poderiam ser resolvidas pela própria instituição de ensino que tem competência para tanto, sem contar que no regimento escolar está previsto medidas sócio-educativas que podem ser tomadas nestes casos. O problema de ter atitudes precipitadas como esta, é que coloca desnecessariamente um jovem em formação em condições de constrangimento, afinal, sair de uma escola algemado, colocado em viatura policial, ficar 3 horas preso por razões como a apresentada, nos parece atitude bastante radical e inadequada para um ambiente socializador.
A crítica realizada neste texto refere-se à falta de bom senso utilizado pela direção do estabelecimento que talvez pudesse ao menos esperar a aula terminar, chamar o aluno para uma conversa e a partir disso aplicar as medidas adequadas a esta situação. Até podemos culpar os policiais pela inadequada forma de abordagem frente a um estabelecimento de ensino, todavia, cabe-se ressaltar que policiais militares não possuem uma formação pedagógica para agir nestes casos, pois se possuíssem, não sairiam algemando ninguém dentro de uma escola. E outra coisa, lugar de policial não é na escola, a menos como mencionado, em caso que exige sua presença efetiva.
Para finalizar esperamos que este caso sirva de exemplo a não ser seguido, pois é função da equipe pedagógica resolver questões como esta, além disto, buscamos com este texto criar um ambiente de discussão sobre a real necessidade do Programa Patrulha Escolar, criado pelo governo do Estado em 2004 ao qual é utilizado por algumas direções de forma indiscriminada. Em paralelo com essa análise colocamos link de um texto feito por Cátia Ronsani Castro, algum tempo atrás, ao qual faz uma reflexão sobre o tema Polícia na escola.

Agenda Cultural Alternatina

Cinema Aberto apresenta:
 “Uma Cidade Sem Passado” – (Das Schreckliche Mädchen)
Diretor: Michael Verhoeven – Ano: 1990 – Alemanha.


Uma cidade sem passado (Das Schreckliche Mädchen) é um filme alemão lançado em 1990 e tem direção de Michael Verhoven. O filme, baseado em fatos reais conta a história da jovem estudante alemã Sonia Rosenberger (Lena Stolze), que após ganhar um concurso de redações recebe uma proposta para participar de uma nova competição e para isso, deve escolher entre duas temáticas: Liberdade de expressão na Europa ou minha cidade natal durante o III Reich. Estimulada pelas histórias que ouvia desde criança, Sonia decide mostrar como a cidade e principalmente a Igreja se mantiveram íntegras durante o período do III Reich.

Data: 4 de junho de 2011 [domingo]
Horário: 19 horas
Entrada Livre
Local: Teatro Barracão (Praça da Bíblia)
Foz do Iguaçu – PR
Realização: Casa da América Latina, Casa do Teatro e Guatá.

A Orquestra de Violões Sonarte,  convida aos apreciadores da música clássica para inédita apresentação integral da obra As Quatro Estações de Antonio Vivaldi
Sobre a obra: 
As Quatro Estações formam um conjunto de 4 concertos escritos originalmente em 1723, para a orquestra barroca (Violinos, Violas, Violoncellos e Cravo), com os violinos como instrumentos solistas. Em cada concerto, Vivaldi faz referência à manifestação da natureza através da linguagem musical. Onde as impressões que o compositor tinha em cada estação do ano foram traduzidas em frases musicais utilizando-se das técnicas instrumentais e de composição. 
Vivaldi é conhecido como um dos maiores compositores e violinistas da história da Música e esta obra ficou conhecida como uma das mais belas já escritas. 
A Orquestra de Violões Sonarte apresenta esta versão transcrita para o violão com toda a riqueza de detalhes e interpretação que o instrumento permite. Com o timbre e a técnica violonística, fazendo uma releitura moderna de uma obra clássica do período barroco. 

A Orquestra:
Formada em outubro de 2008 por iniciativa de seu regente Cristiano Galli, a orquestra agrupou inicialmente professores e violonistas interessados no estudo e desenvolvimento da técnica para o violão e na popularização da música erudita, em especial aquela voltada para o próprio violão. Os trabalhos do grupo resultaram na formação da Orquestra de Violões. Com um repertório formado por obras de Bach, Vivaldi, Mozart, Beethoven, Villa-lobos entre outros grandes compositores. Com quase 3 anos de existência a orquestra já realizou inúmeros concertos em Foz do Iguaçu e outras cidades da região. Sempre em busca da qualidade técnica e interpretativa a orquestra apresenta neste concerto o resultado de intenso estudo da obra de Vivaldi. 

Formação da Orquestra: 
Regente: Cristiano Galli
Violões de 6 cordas: Amanda Engel, Claudiomiro Martins, Eduardo Lazaretti, Rafael Rocha, Rafael Sobrinho.
Violões de 7 cordas: Mauri Gauer, Rodrigo Zanatta.
Baixolão: Lucas Garcia

Produção Musical
Moa Ferreira
Produção - (45)9916-2279
www.myspace.com/moaferreira
MSN: moaamadeus@hotmail.com

O concerto será realizado na Assemib, Avenida Araucária, 716 , Vila A - Foz do Iguaçu – PR.
Sala 2. 
Dia: 28/05 às
Horário: 19h. 30min.
Entrada: R$ 8,00 / R$ 5,00 ( Estudantes e Associados )

Feirinha da JK
Data: Todos os domingos
Local: Avenida JK, em frente à agência da Caixa Econômica Federal
Horário: 8h às 12h.

Feirinha da Praça
Data: Todos os sábados e domingos
Local: Avenida Rep. Argentina, em frente ao Teatro Barracão
Horário: 8h às 12h.

Cine Cataratas
Como Você Sabe?
Gênero: Comédia Romântica
Classificação: 10 anos
Legendado 
Duração: 2h. 00min.
Horários: Diariamente: 21:20h.

Rio
Gênero:Animação
Classificação: Livre
Dublado
Duração: 1h. 40min.
Horários: Diariamente: 15:20h, 17:20h e 19:20h.

Padre
Gênero: Ação/Terror
Classificação: 14 anos
Legendado
Duração: 1h. 28min
Horários: Diariamente: 16:00h, 17:50h, 19:40h e 21:30h

Piratas do Caribe - Navegando em Águas Misteriosas (3D)
Gênero: Ação/Aventura
Classificação: 12 anos
Legendado
Duração: 2h. 19min.
Horários: Quarta, Sábado e Domingo: 13:20h, 16:05, 18:50h e 21:35h / Segunda, Terça, Quinta e Sexta: 15:00h, 17:45h e 20:30h.

Velozes e Furiosos 5 - Operação Rio
Gênero: Ação
Classificação: 14 anos
Legendado
Duração: 2h. 14min.
Horários: Quarta, Sábado e Domingo: 13:40h, 16:20h, 19:10 e 21:50h / Segunda, Terça, Quinta e Sexta: 16:20h, 19:10h e 21:50h.

Cine Boulevard
Água Para Elefantes
Gênero: Drama
Classificação: 12 anos
Legendado
Duração: 2h. 01min.
Horários: Diariamente: 21:50h.

Thor
Gênero: Ação/Aventura/Drama
Classificação: 10 anos
Dublado
Duração: 1h. 56min.
Horários: Diariamente as 19:20.

Rio
Gênero:Animação
Classificação: Livre
Dublado
Duração: 1h. 40min.
Horários: Diariamente: 17:30.

O Noivo da Minha Melhor Amiga
Gênero: Comédia Romântica
Classificação: 12 anos
Legendado
Duração: 1h. 52min.
Horários: Diariamente: 19:50h e 22:10h.

Velozes e Furiosos 5 - Operação Rio
Gênero: Ação
Classificação: 14 anos
Legendado
Duração: 2h. 14min.
Horários: Diariamente: 17:00h, 19:40h e 22:20h.

Piratas do Caribe - Navegando em Águas Misteriosas
Gênero: Ação/Aventura
Classificação: 12 anos
Legendado
Duração: 2h. 19min.
Horários: Diariamente: 16:20h, 19:10h e 22:00h.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Moradia: População urbana resiste com ocupações de terra

A maior do Estado de São Paulo, Zumbi dos Palmares, no município de Sumaré, tem uma história única de lutas e conquistas.
Por Bárbara Mengardo
Caros Amigos
Aos mais desatentos, o grande terreno localizado no bairro Jardim Denadai, periferia da cidade de Sumaré, pode parecer apenas a continuação do cenário predominantemente visto nas periferias. Nele, barracos de madeira erguem-se de forma aparentemente caótica, e forram o espaço onde centenas de famílias moram muito próximas umas às outras.
Ao entrar no terreno, entretanto, alguns elementos revelam a peculiaridade do local. Diversas ruas cortam seus 30 mil metros quadrados, na principal delas, batizada Zumbi dos Palmares, uma placa brada, entre outros dizeres: “Aqui lutamos pelo poder popular”. Continuando pela mesma rua, chama a atenção o nome das vias que a cruzam: Revolução Cubana, Carlos Marighella, Revolução Russa, entre outras.
De fato, o grande terreno com moradias populares se diferencia em muito dos demais da região. Lá está localizada a ocupação Zumbi dos Palmares, organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e fruto de quatro anos de lutas de seus moradores.
Zumbi dos Palmares é a maior ocupação do MTST no Estado de São Paulo, e possui uma história única de conquistas e retrocessos. O terreno foi ocupado pelos moradores, sofreu reintegração de posse pela polícia e foi ocupado novamente quatro dias após o despejo, pelos mesmos manifestantes que o haviam feito anteriormente.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Educação, Rede Globo e Políticas Neoliberais

Nestes últimos dias um vídeo em especial tem se destacado nas mídias brasileiras por apresentar a indignação de uma cidadã frente a um problema que o Brasil enfrenta a muitos anos, a Educação Pública. Na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte ocorreu uma audiência pública no dia 10/05, após algumas falas, a professora Amanda Gurgel pediu a palavra e de maneira pontual detalhou os problemas enfrentados pela categoria dos educadores não apenas daquele estado, mais de todos os outros estados que compõem o Brasil.


A fala desta professora foi filmada e postada no mundo virtual dos computadores e pronto! O vídeo alcançou mais de um milhão de acessos, sendo inclusive postado em blogs pessoais de artistas famosos que se declaram favoráveis a causa apresentada. A repercussão foi tão grande que a emissora Rede Globo convidou a professora para comparecer em um de seus programas de domingo, apresentado em horário nobre.

Percebe-se neste fato a repercussão deste episodio, pois para a Rede Globo que possui uma linha de interesses bem definida, levar uma sindicalista para expor os problemas envolvendo uma classe de trabalhadores, é porque o negocio rendeu e há possibilidade de um bom ibope. Globo e classe trabalhadora dificilmente são sinônimos, a menos que a classe trabalhadora seja inofensível para com os seus interesses. Isso já aconteceu.

É bem engraçado uma emissora que promove um projeto denominado “amigos da escola”, de caráter neoliberal e voluntarista, ao qual tenta isentar o Estado de suas obrigações, se mostrar solidária aos problemas reais da educação brasileira. Será que o leitor tem conhecimento do desfavor que este projeto gera para os problemas que de fato existem? O “amigos da escola” é um projeto ao qual tenta conscientizar profissionais de diversas áreas para auxiliar a escola em suas atividades, esses profissionais são os denominados voluntários. Não é a toa que esse programa recebe severas críticas dos pesquisadores em educação, afinal programas como estes tentam tirar a responsabilidade da educação do Estado, transferindo-os para a sociedade.

Ao invés do Estado cumprir com seu dever, ao qual é fornecer uma educação pública e de qualidade que passa desde salários dignos aos profissionais da educação, infraestrutura adequada, redução de alunos em sala de aula, aumento de hora atividade para o professor, entre outras reivindicações da categoria, prefere maquiar o problema apresentando números, índices, metas e induzindo a comunidade a auto gerenciar a educação.


Se já não bastassem as altas cargas tributárias a que somos obrigados a pagar para recebermos uma Educação e uma Saúde precárias, querem que trabalhemos de graça. Educação é responsabilidade integral do Estado, não do cidadão. Cabe ao cidadão participar ativamente da escola afim de torná-la cada dia mais democrática, mas esta participação não passa por políticas  incentivadas pela Rede Globo.

De qualquer forma, nenhuma pessoa ligada diretamente a política do país podem alegar desconhecimento dos problemas que um professor enfrenta em sala de aula, afinal a professora em questão elencou alguns destes de maneira direta. A vantagem deste vídeo foi a repercussão obtida, pois levou o clamor de uma categoria a um número elevado da população brasileira.
           
Para encerrar essa reflexão que junta Educação, Rede Globo e Políticas Neoliberais, cabe ressaltar que as mudanças educacionais necessárias só ocorrerá com reivindicações em massa, pois, enquanto o Estado se amparar em políticas neoliberais para conduzir pastas como a Educação e enquanto tiver emissoras compromissadas com o capital para difundir essas idéias, a população terá seu amparo restrito na luta de classe.


segunda-feira, 23 de maio de 2011

Milhares tomam as ruas na Espanha por uma nova política


Da redação
Caros Amigos

Milhares de pessoas tomaram as ruas em Madrid, Espanha, reivindicando mudanças políticas no país num movimento chamado 15-M ou a “revolução espanhola”.  No dia 15 maio, a manifestação começou na praça Puerta de Sol, centro de Madrid, ante a perspectiva de se realizarem eleições locais na Espanha neste domingo, 22. Os manifestantes reivindicam “uma sociedade nova que de prioridade à vida acima dos interesses econômicos e políticos” e afirmam não estarem ligados a nenhum partido ou organização. 

Segundo informações do jornal mexicano La Jornada, a manifestação começou com um chamado na internet e redes sociais em repúdio a corrupção e a falta de oportunidades no país. O protesto aumentou rapidamente e está sendo seguido em outras cidades espanholas, como Valência, Barcelona, Valladolid, Segovia, entre outras. Com mais e mais pessoas aderindo aos protestos, os manifestantes estão organizando comissões por setores, como saúde, alimentação, etc.
O movimento não deliberou a posição nas eleições e fala-se em voto nulo. Os partidos mais fortes na Espanha são o de centro-esquerda PSOE (Partido Socialista Obrero Espanhol) - do atual presidente Jose Luiz Rodriguez Zapatero, que tem agido em acordo com a União Européia, gerando insatisfação - e, de outro lado, o partido de direita PP (Partido Popular). 

Leia abaixo manifesto do M-15:

Quem somos? 

Somos pessoas que vieram livre e voluntariamente, que depois da manifestação decidimos nos reunir para seguir reivindicando a dignidade e a consciência política e social. Não representamos nenhum partido ou associação. 

Nos une uma vontade de mudança. Estamos aqui por dignidade e por solidariedade com os que aqui no podem estar. Porque estamos aqui? 

Estamos aqui porque queremos uma sociedade nova que de prioridade à vida acima dos interesses econômicos e políticos. Reivindicamos uma mudança na sociedade e na consciência social. Demonstrar que a sociedade não dormiu e que seguiremos lutando pelo que merecemos pela via pacífica. Apoiamos os companheiros que foram detidos na manifestação e pedimos que sejam colocados em liberdade. 

Queremos tudo, queremos agora, se concorda com a gente: Una-se.



sexta-feira, 20 de maio de 2011

Agenda Cultural Alternativa

Tributo ao Sabotage
Exibição do Documentário do Maestro do Canão, Show de Rap com grupos de Foz, Djs discotecando sons do Sabota e sorteio de brindes.
Data: 21/05/2011
Horário: 21:30 min
Local:  Bar da Dona Val, Rua Eloi Armando Nedel, Cidade Nova 2


Cultura y Arte entre Café e Mate – Encuentro de la diversidad artística argentina y brasileña.
Café e mate provavelmente não formem uma mistura tão agradável ao paladar comum. Mas, do ponto de vista artístico, a união das duas bebidas pode simbolizar aromas, sotaques e sabores que refletem a riqueza e a variedade cultural da região das Três Fronteiras.
O encontro é promovido pela Casa do Teatro e a Agrupación Jóvenes Iguazú de Puerto Iguazú, associações sediadas em Foz do Iguaçu e em Puerto Iguazú, respectivamente. A entidade brasileira desenvolve o “Café com Teatro”, enquanto que a argentina realiza a “Tarde Mate e Música”, ambos voltados para a circulação artística,  em cada lado da fronteira. A ideia é somar as experiências realizadas nas duas cidades em um espaço cultural binacional.
Música; 
Teatro;
Dança;
 Literatura;
Artes visuais;
Artesanato;
Títeres;
Observação de astros serão oferecidas. 

Data: 22/05/2011
Horário: 16:00
Local: Plazoleta de la Identidad, Puerto Iguazú, Argentina (esquina das avenidas Victoria Aguirre e Tres Fronteras, caminho para o Marco das Três Fronteiras, Centro da Cidade).
Entrada gratuita. 

Feirinha da JK
Data: domingo
Local: Avenida JK, em frente à agência da Caixa Econômica Federal
Horário: 8h às 12h
Entrada: franca

Feirinha da Praça
Data: sábados e domingos
Local: Avenida Rep. Argentina, em frente ao Teatro Barracão
Horário: 8h às 12h
Entrada: franca.

Cine Cataratas Jl Shopping

Como Você Sabe?
Gênero: Comédia Romântica
Classificação: 10 anos
Legenda: Legendado
Duração: 2h.00min
Horários: Diariamente: 21:20h

RIO
Gênero: Animação
Classificação: Livre
Legenda: Dublado
Duração: 1h40min
Horários: Diariamente: 16:00h, 17:50h, 19:40h e 21:30h

Padre
Gênero: Ação/Terror
Classificação: 14 Anos
Legendado
Duração: 1h28min
Horários: Diariamente: 16:00h, 17:50h, 19:40h e 21:30h

Piratas do Caribe - Navegando em Águas Misteriosas (3D)
Gênero: Ação/Aventura
Classificação: 12 anos
Legenda: Legendado
Duração: 2h19min.
Horários: Quarta, Sábado e Domingo: 13:20h, 16:05, 18:50h e 21:35h / Segunda, Terça, Quinta e Sexta: 15:00h, 17:45h e 20:30h.

Velozes e Furiosos 5 - Operação Rio
Gênero: Ação
Classificação: 14 anos
Legenda: Legendado
Duração: 2h14min.
Horários: Quarta, Sábado e Domingo: 13:40h, 16:20h, 19:10 e 21:50h / Segunda, Terça, Quinta e Sexta: 16:20h, 19:10h e 21:50h


Cine Boulevard

Água Para Elefantes
Gênero: Drama
Classificação: 12 anos
Legenda: Legendado
Duração: 2h1min.
Horários: Diariamente: 21:50h

THOR
Gênero: Ação/Aventura/Drama
Classificação: 10 anos
Legenda: Dublado
Duração: 1h56min.
Horários: Diariamente: 19:20h

O Noivo da Minha Melhor Amiga
Gênero: Comédia Romântica
Classificação: 12 Anos
Legenda: Legendado
Duração: 1h52min.
Horários: Diariamente: 19:50h e 22:10h

Velozes e Furiosos 5 - Operação Rio
Gênero: Ação
Classificação: 14 anos
Legenda: Legendado
Duração: 2h14min.
Horários: Diariamente: 17:00h, 19:40h e 22:20h

Piratas do Caribe - Navegando em Águas Misteriosas (3D)
Gênero: Ação/Aventura
Classificação: 12 anos
Legenda: Legendado
Duração: 2h19min.
Horários: Diariamente: 16:20h, 19:10h e 22:00h

RIO
Gênero: Animação
Classificação: Livre
Legenda: Dublado
Duração: 1h40min
Horários: Diariamente: 17:30h.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

A Responsabilidade Social nas organizações e algumas poucas contradições


Hoje o movimento Fronteira Zero traz uma discussão sobre um tema bastante curioso e de certa forma contraditório, a conhecida “responsabilidade social” ao qual “voluntariamente” grandes e médias empresas, com ações negociáveis na bolsa de valores, ou não, vêm adotando.

Incentivados pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), várias organizações comerciais e públicas aceitaram e aceitam demonstrar a “responsabilidade social” praticada por meio de um relatório denominado Balanço Social. Existem alguns modelos diferentes de Balanços Sociais criados por outros institutos, entretanto, devido ao prestigio e o pioneirismo, a maior parte das empresas utilizam o relatório proposto pelo Ibase. 

O Balanço Social do Ibase busca propiciar a sociedade uma forma de controle social dos atos praticados pelas organizações e é apresentado por categorias. Essa divisão auxilia o usuário da informação na compreensão do documento, ao todo são sete, e destacaremos neste texto quatro delas as quais julgamos as mais relevantes:

1 - Indicadores sociais internos – demonstra os investimentos que a organização realizou, obrigatórios e voluntários aplicados ao corpo funcional (alimentação, previdência privada, educação, entre outros);

2 - Indicadores sociais externos  - demonstra os investimentos voluntários da empresa em relação à sociedade em geral (projetos e iniciativas nas áreas de educação, cultura, saúde, combate à fome, entre outros);

3 - Indicadores ambientais -  demonstra os investimentos ao qual visa compensar os impactos ambientais causados pela empresa, bem como melhorar a qualidade ambiental da produção/operação;

4 - Indicadores do corpo funcional – demonstra as formas de relacionamento da empresa com seu publico interno, ou seja, criação de postos de trabalho, terceirização, número de estagiários, valorização da diversidade (negros, mulheres, deficientes e idosos), e participação de grupos historicamente discriminados no país em cargos de chefia e gerenciamento da empresa (mulheres e negros).
            Analisando os itens que compõem o demonstrativo, observa-se que o mesmo não é uma demonstração contábil tão interessante para as empresas apresentarem para a sociedade, afinal na posse destes dados é possível fazer uma análise criteriosa dos chamados “benefícios” que as organizações trazem para a sociedade e perceber que esses investimentos são medíocres.

Neste sentido, o Balanço Social configura-se como uma ferramenta importante num contexto capitalista, apesar das leis brasileiras não impor a obrigatoriedade desta demonstração. Por outro lado, para as empresas que aderem à idéia, o Balanço Social é uma forma “convincente“ de mostrar para a sociedade sua generosidade com os aspectos sociais.

Mas será que não existe nem outro motivo que levam as empresas se apresentarem como “responsáveis“, mesmo que a realidade prove o contrario? É claro que sim. Universalmente existe uma cultura de valorização das empresas socialmente responsável, assim, certos investidores preferem aplicar seu capital em empresas que se “preocupam com o próximo” bem como as que seguem o modelo de governança corporativa.

Ao ser reconhecida por sua responsabilidade (voltamos a dizer, mesmo que essa responsabilidade não seja efetiva) as organizações usam esse título como marketing empresarial. Inúmeros consumidores preferem comprar produtos de empresas que utilizam um selo indicando sua responsabilidade, ou que compartilha parte de suas receitas com entidades filantrópicas, mesmo que os produtos sejam mais caros.

Assim, insistimos em dizer que numa perspectiva capitalistas demonstrativos como o Balanço Social é importante, pois fornece informações úteis para a sociedade, entretanto, o problema desta ferramenta de controle é que além de não ser obrigatória em nosso país, suas informações não precisam ser auditadas por empresas de auditoria, ou seja, fica a cargo da própria sociedade investigar se as informações apresentadas nos relatórios são verdadeiras.

Por tudo isso, torna-se complicado acreditar que uma empresa opte por livre e espontânea boa vontade contribuir com a superação das expressões da “questão social”, como é transmitido a nós através das mídias. Entretanto, o problema pode ir além quando se observa organizações posando de responsáveis quando em seu interior existe a exploração e expropriação da força de trabalho, a má remuneração e até a utilização de trabalho escravo. 


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Celebrações e reivindicações marcaram festejos de Bicentenário paraguaio

Karol Assunção
Jornalista da Adital
Adital

Danças e festas populares tomaram as ruas paraguaias nos dias 14 e 15 para comemorar os 200 anos de independência do país. Entretanto, não foram apenas as celebrações que marcaram os festejos do bicentenário. Enquanto uns comemoravam, outros chamavam atenção e lembravam os diversos problemas e violações ocorridos no país ao longo desses anos.
Um dos grupos que se manifestou de forma crítica às comemorações foi a Coordenadora Nacional de Organizações de Mulheres Trabalhadoras Rurais e Indígenas (Conamuri). Em um comunicado, a organização comentou que não há razão para comemorações.
"Como festejar 200 anos de – independência nacional – quando as populações indígenas se encontram abandonadas a sua sorte, expulsas de suas terras pelos monocultivos de soja, sem os serviços básicos de luz e água para viver dignamente?”, questionou, lembrando ainda outras violações ocorridas no país, como violência contra a mulher e criminalização dos protestos populares.
De forma semelhante, a Federação pela Autodeterminação dos Povos Indígenas (Fapi), em comunicado, comentou sobre a exclusão e o desrespeito aos direitos das populações indígenas do Paraguai.
"Como poderíamos nos sentir convidados a ser participantes da celebração do Bicentenário quando a sociedade paraguaia e suas autoridades não têm reconhecido na prática nossa condição humana e não assumem responsabilidades ante as violações quase irreparáveis aos direitos fundamentais dos povos indígenas que se expressam cotidianamente em múltiplos casos que afetam comunidades e povos inteiros?”, perguntaram.
Desmatamentos, despojos territorial, cultural e socioambiental, violências. Essas são apenas algumas situações enfrentadas pelos indígenas no Paraguai, os quais ainda têm de lidar com a impunidade. No comunicado, divulgado no dia 12 de maio, Fapi apontou, entre outras questões, a falta de interesse do Ministério Público em terminar com celeridade as investigações de crimes que afetam os indígenas.
"(...) somam-se resoluções judiciais de várias circunscrições de nosso país que permitem o cultivo e a colheita de soja transgênica em comunidades indígenas, fatos ilegais cuja ação principal é violentar a todos os membros das comunidades afetadas, pois suas resoluções ordenam presença policial que causam enfrentamento e poderia ocasionar perdas da vida humana”, acrescentou.
A organização ainda ressaltou a produção do documento "Propostas de Protocolo para um Processo de Consulta e Consentimento com os Povos Indígenas do Paraguai”, realizado com o objetivo de ajudar na discussão sobre os direitos dos povos indígenas, e pediu ao Parlamento paraguaio a adoção da "Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas” como lei nacional.
Festejos passam, reivindicações ficam
Notícias dão conta de que milhares de pessoas foram às ruas para comemorar os 200 anos da independência paraguaia. Além da população local, os festejos contaram com a presença de delegações de 41 países e dos mandatários da Bolívia e do Uruguai. Ontem (15), o presidente paraguaio, Fernando Lugo, encerrou as celebrações oficiais do Bicentenário pedindo a unidade da população paraguaia.
Os festejos, entretanto, não acabaram com os problemas dos povos excluídos no país. De acordo com informações de agências, atualmente Paraguai possui 496 comunidades indígenas reivindicando suas terras. Além disso, somente 2,5% da população indígena têm acesso à água potável e 9,7% à energia elétrica.
Com informações de Telesur, EFE e Servindi



Violência repõe luta de classes no centro do debate da esquerda

02 de fevereiro de 2010

Resultado da ação do Estado que, por um lado, não garante a estrutura necessária para uma vida digna nas grandes cidades e, por outro, responde à criminalidade através de uma intervenção militar nesses territórios, a violência urbana tem transformado as periferias em espaços de resistência. Para o escritor uruguaio Raul Zibechi, a esquerda precisa enxergar este cenário e retomar a luta revolucionária, como uma alternativa ao crime para a juventude e à militarização imposta pelo Estado. 

Bia Barbosa - Carta Maior
O título da mesa, em mais uma das atividades do FSM Temático da Bahia, neste domingo (31), era “Violência nas periferias urbanas e ameaça è democracia”, mas unanimemente, entre palestrantes e participantes, o centro do debate deveria ser a militarização e a violência do Estado nas periferias. A explicação é simples: ao contrário do que propagandeiam os meios de comunicação, os grupos dominantes e os responsáveis pelas políticas de segurança pública no país, o principal responsável pela violência que atinge a imensa maioria das periferias brasileiras não é o crime organizado, e sim o próprio Estado brasileiro. 

“A violência de hoje das regiões metropolitanas é sintoma das condições em que vivem os trabalhadores e trabalhadoras nessas áreas. Faltam empregos, urbanização, equipamentos sociais, educação e espaços de convívio social. As pessoas vivem sem acesso aos direitos básicos à sobrevivência humana e, assim, se tornam reféns desta situação, sendo levadas à marginalidade. As áreas dominadas pelo tráfico e pelo crime organizado são aquelas onde o poder público não se faz presente”, explica Bartíria Lima da Costa, presidente da CONAM (Confederação Nacional das Associações de Moradores).

Neste contexto, a resposta do Estado à criminalidade crescente nas periferias não tem sido responder as suas causas estruturais, e sim promover uma intervenção com base na presença da polícia militar. Em muitas regiões, a polícia é a principal ou única presença do Estado nas periferias. 

“Isso parte da criminalização da pobreza. No Uruguai, Argentina, Chile há muitas políticas sociais para a periferia, mas uma boa parte delas são formas de disciplinamento dos pobres”, acredita o escritor e ativista uruguaio Raul Zibechi. “A ameaça à democracia, na verdade, vem da suposta resposta que o Estado, apoiado por um setor da sociedade e pela mídia, dá a essa questão da violência: é uma resposta militar, violenta e policial. Tanto que organizações internacionais de direitos humanos já disseram que a polícia brasileira é a que mais mata no mundo. Essa é uma subversão completa da democracia”, critica o carioca Maurício Campos, da Rede Contra a Violência.

Somente em 2008, 2.340 pessoas foram mortas em Salvador e região metropolitana, das quais 60% tinham em seu atestado o auto de resistência da polícia militar. De acordo com a coordenação da campanha “Reaja ou será morta, reaja ou será morto”, o modelo de segurança pública no estado da Bahia não se alterou na gestão atual. “Exigimos a demissão do secretário de segurança pública, César Nunes. Esses números são uma aberração que precisamos bradar pelo país. E este cortejo de defuntos
que está atrás de nós nos convida a isso: a reagir”, afirma Hamilton Borges. “Se quisermos sobreviver, precisamos politizar a nossa morte, senão ela passará despercebida. Não somos reféns do medo veiculado pela mídia. Todos os dias somos ameaçados e podemos morrer. Mas o medo não nos neutraliza”, completa.

E se num momento havia a necessidade de um discurso de ataque aos negros e pobres nas periferias, por parte da elite conservadora, agora ele não é mais necessário, analisa a jornalista Suzana Varjão, do Movimento Estado de Paz, que articula comunicadores em torno do debate sobre o tema, e integrante do grupo gestor do Fórum Comunitário de Combate à Violência. Agora, o pensamento está embutido no próprio discurso da imprensa, em diálogo com os interesses das classes dominantes.
Mesmo a violência dos grupos criminosos, que representa um problema sério para as periferias, foi apontada no debate como resultante de uma ação estatal secundada pela classe dominante e pelo setor empresarial: o tráfico internacional e comércio global de armas. Na avaliação de Maurício Campos, a legislação internacional – imposta pelos Estados Unidos e que vigora em todo o mundo, materializada em convenções entre os países – que proíbe a comercialização de todas as drogas, incluindo as que sequer foram desenvolvidas, e, por outro lado, libera totalmente a produção de armas, sem controle dos Estados, criou um cenário propício para a proliferação de grupos armados nas periferias.

“A legislação absoluta conta o comércio de drogas tornou esta indústria extremamente lucrativa e seu combate via repressão tem gerado uma violência enorme. Isso somado à ausência de controle da venda de armas, por uma ação consciente do sistema interestatal, tem levado a uma situação caótica nas periferias”, afirma Campos.

Como pano de fundo desta fórmula mortífera, o crescimento do capitalismo financeiro que, também sem controle dos Estados, permite à indústria da droga esconder seus lucros no sistema monetário internacional, via remessa de dinheiro aos paraísos fiscais.

Território revolucionário
Para Maurício Campo, esta situação permite ao Estado e às classes dominantes manter uma guerra permanente e progressiva contra o povo, utilizando a política de segurança pública como uma forma de elitização das cidades. “Se não percebemos isso, faremos políticas pontuais que não resolverão um problema que é global. Temos que encarar a luta do ponto de vista imperialista. Trata-se aqui de discutir projetos diferentes de organização da sociedade. A violência recoloca a questão da luta de classes, de varrer o que ainda existe de racismo e colonialismo, no centro da nossa reflexão”, afirma. 

Se há um aspecto positivo nisso tudo é que a violência dos grupos criminosos e do aparato estatal tem transformado as periferias em territórios de resistência, provocada pelo sentimento de injustiça social e indignação que todas essas populações cotidianamente. Foi isso o que demonstraram os fatos acontecidos em Caracas, na Venezuela, em 1999 ou em Santa Cruz, na Bolívia, em 2008. 

“Ali, onde vivem as pessoas que não têm nada a perder, há o único movimento potencialmente anti-sistêmico, e a esquerda precisa compreender esse território a partir de uma análise diferente da que fazem a mídia e as elites. Se compreendermos porque os meninos das periferias entram em relação com o crime, saberemos que buscam, não racionalmente, um pouco de dinheiro, um pouco de sucesso, mas buscam também auto-estima, autonomia, não só financeira, mas pessoal, e buscam poder”, analisa Zibechi. 

“Se não formos capazes de mostrar para eles outro pensamento, não vamos mudar essa realidade. E fazer isso significa a retomada, pelos movimentos, da luta pela mudança e pela revolução. Para esses meninos, a luta revolucionaria será uma alternativa, um caminho diferente da militarização, que retomará a utopia real da revolução. Muitos ficarão com o crime, mas muitos virão conosco”, acredita o escritor uruguaio.
“Isso não nos impede de atuar aqui e agora, e operar localmente para combater a violência. Mas a necessidade é a de demolir este modelo de Estado. A perspectiva ainda é a de outro Estado, outro modelo de nação. No capitalismo, nenhum sonho é possível”, conclui Hamilton Borges.