sábado, 7 de maio de 2011

Bin Laden e Elvis

Todos sabem que os EUA anunciaram essa semana a morte do seu inimigo número 1, Sr. Osama Bin Laden. Os norte americanos foram as ruas comemorar, o mundo inteiro noticiou, mas que isso ainda vai dar repercussão... ah se vai!

Não exageramos na afirmação: presenciamos a criação de um mito, quiçá um mártir. Bin Laden virou o Elvis do terrorismo. Pare! Jogar o corpo no mar e fazer um exame de DNA fajuto, era previsível que o mundo inteiro iria levantar a hipótese de que o cara não morreu. Levaram sorte que a própria Al Qaeda confirmou a morte, mas não tenham dúvidas, Bin Laden não morreu! O Rei do Terror foi fazer companhia ao Reio do Rock num plano metafísico próprio desses mitos.

Nada mais que um tiro no próprio pé. Não se surpreendam se multiplicarem-se os sentimentos de ódio e vingança contra os norte americanos. A execução de Bin Laden nem de longe representa uma vitória, pois como já foi noticiado, atentados virão.

Outra coisa. Que belo exemplo deu a maior democracia do mundo. Executou uma pessoa desarmada em frente aos seus familiares. Nada mais que um homicídio sumário com ocultação de cadáver. Características próprias de um Estado de Exceção que anulam o estatuto jurídico dos cidadãos não garantindo direitos básicos como Contraditório, Ampla Defesa e o Devido Processo Legal.

Sem mencionar, é claro, que não respeitaram a soberania e o território do Paquistão, quando realizaram a operação naquele país, ofendendo princípios básicos das relações exteriores e de Direito Internacional Público, muitos destes princípios criados e defendidos com rigor por eles mesmos.

Enfim, menos um inimigo para o Capitão América. O que nos deixa extremamente preocupados. Algumas perguntas ficam no ar: o que fazer agora com o exército norte americano concentrado no oriente médio? Isso se responde por outra pergunta: quem será o inimigo da vez? Hugo Chaves? Kadafi?  E você, leitor, vota em quem? Opiniões, por favor.


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