Relembrando a chacina...
No dia 07/10 ocorreu uma manifestação contra a violência e um ato pela chacina do Bairro Porto Belo, no qual 4 (quatro) jovens foram assassinados cruelmente por nove sujeitos encapuzados. No decorrer da manifestação houve apresentações artísticas da Companhia Casa do Teatro, show de rap e uma breve explanação sobre os direitos humanos. Junto a tudo isso, ocorreu ainda um sarau onde a comunidade pode expressar suas angustias.
Categoria unida é outra coisa
Há 10 (dez) dias o sindicato dos bancários de Foz do Iguaçu optou por entrar em estado de greve com vistas a pressionar o Fenaban – Federação Nacional dos Bancos. Com este ato que é nacional, o sindicato busca reivindicar um índice de 11% nos salários, uma vez que os bancos ofereceram apenas 4,29% de reajuste.
Em nossa cidade a greve atingiu todos os bancos da cidade gerando um grande desconforto para os clientes que necessitam deste serviço diariamente. Como esperado, o fluxo nas Casas Lotéricas aumentou consideravelmente e chega a imitar as grandes filas dos bancos. Apesar de todo o transtorno causado a população, observamos que a reivindicação do sindicato é legitima já que o direito de greve é constitucional. Vemos que a greve é uma das poucas ferramentas que as categorias organizadas possuem para reivindicarem seus direitos e esse direito certamente deve ser usado sempre que os trabalhadores se sentirem prejudicados.
A saga do transporte coletivo em Foz
Quem acompanha os jornais locais e as matérias vinculadas no site da câmara Municipal de Vereadores de Foz do Iguaçu percebe que existem divergências entre o legislativo e o executivo nas questões do transporte coletivo da cidade. Os vereadores tentam barrar a licitação feita pela prefeitura alegando que alguns itens da lei municipal não esta sendo cumpridas. Segundo matéria divulgada no site da Câmara Municipal, os itens conflitantes encontradas pelos vereadores quanto à licitação são: “no Edital publicado pela Prefeitura, a proposta deve ser de melhor técnica e maior oferta, ou seja, para ganhar a licitação, a empresa deve cumprir requisitos técnicos, além de oferecer uma maior outorga. Entretanto, reza a Legislação a empresa ganhadora deve oferecer a melhor técnica e menor custo; - também indica a Lei que o prazo de concessão não deve ultrapassar dez anos, enquanto que o edital de Concorrência Pública 05/2010 prevê 15 anos de concessão; - a terceira contradição existente no Edital da Prefeitura está no estabelecimento de lote único como critério de execução de serviço, ao passo que, a Legislação Municipal vigente estabelece quatro lotes operacionais, não podendo uma mesma empresa operar mais de um lote”.
Apesar deste impasse entre as esferas municipais, a prefeitura já lançou esta semana o resultado da licitação do transporte coletivo, falta à organização ganhadora apresentar os documentos e assinar contrato e viver feliz por mais 15 anos... Por falar em transporte, os nossos estudantes terão o passe livre quando???
Projeto de lei gratificando os professores pelo índice do Ideb foi aprovado
Foi aprovado na câmara dos vereadores de Foz do Iguaçu projeto de Lei que autoriza o pagamento do Prêmio por resultados como forma de gratificação aos servidores da educação pelo aumento do IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Esta gratificação terá como base o último vencimento do servidor acrescido das vantagens permanentes e será paga proporcionalmente ao índice obtido pelo estabelecimento, ou seja, para as escolas que alcançaram índices de 25% ou mais, se comparado ao último IDEB, o beneficio será integral, aos demais, a gratificação será proporcional. Os estabelecimentos que não alcançaram um índice de pelo menos 17%, não serão premiados.
A justificativa do poder executivo quanto à premiação foi que “é inegável o aumento da produtividade e redução de custos, considerando-se que o maior beneficiado com a elevação do IDEB foram as crianças do município, que tiveram intensificada sua permanência na escola, através das atividades desenvolvidas em contra-turno, aulas de reforço, visando a integração com os diversos segmentos que contribuem para formação do cidadão, bem como o aprimoramento de sua capacidade de aprendizagem, afastando estas crianças de ambientes não salutares para seu desenvolvimento e conseqüentemente reduzindo custos para o município em gastos com saúde pública e segurança, pois investiu-se em prevenção”.
Ao analisarmos esta justificativa podemos observar uma tendência neoliberal também na educação publica. Gratificações por desempenho é muito comum nas grandes empresas multinacionais que buscam o crescimento econômico, entretanto, por se tratar de educação os objetivos são outros e chegam a ser conflitantes com os buscado pelas empresas. Talvez medidas como estas gerem uma busca pelo índice puramente (status e vantagens financeiras para quem o conquista), contrapondo-se aos objetivos sociais da escola. Sem contar que é injusto gratificar alguns e não a outros, levando em consideração as particularidades de cada região e a dificuldade de se desenvolver trabalhos pedagógicos, tendo em vista os problemas sociais regionais, que certamente não diminuem na velocidade dos índices.
Para finalizar, se querem valorizar o profissional da educação pelo bom desempenho, comece por melhorar o salário inicial da categoria, aumentar a hora-atividade, diminuir os alunos em sala e mantendo uma equipe multidisciplinar para acompanhar os casos especiais. Assim, além de números, as escolas poderão apresentar a sociedade uma educação pública e realmente de qualidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário