terça-feira, 19 de outubro de 2010

Perigo: Crianças na pista!


O Fronteira Zero traz hoje uma noticia divulgada no site do departamento da Policia Rodoviária Federal, no dia 06 de outubro de 2010, onde é apresentado o novo Mapeamento de Pontos Vulneráveis à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes nas Rodovias Federais 2009/2010. O documento foi elaborado em parceria com a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, a Organização Internacional do Trabalho, e a Childhood Brasil.
O relatório traz dados alarmantes em relação a nossa região das Três Fronteiras, quando retrata que dos 1.820 pontos das rodovias federais onde pode ocorrer exploração sexual de menores 168 estão localizados no Paraná, sendo que 67 deles na BR-277 entre Paranaguá (por se tratar de região portuária) e Foz do Iguaçu (por ser uma cidade de Fronteira). Em outros termos, a BR – 277 concentra 40% dos pontos de risco de todo o Paraná.
Em se tratando de exploração sexual de crianças e adolescente, tal situação é uma das mais preocupantes em relação à violação de direitos humanos. Os números são visíveis e a inquietação é gritante. No entanto, quais as ações do departamento, dos órgãos acima mencionados e das autoridades locais em reverter tal situação principalmente na região de fronteira? Mostrar que a policia está cada dia mais eficiente, quanto à elaboração de estatísticas e números?
A exploração sexual de crianças e adolescente crescente na contemporaneidade vista como uma expressão da “questão social” reflete o descaso do poder público em garantir a este segmento serviços básicos e essenciais de educação, saúde, transporte, saneamento básico, moradia, cultura e lazer, direitos que garantiriam seu desenvolvimento pleno e saudável, evitando assim a inserção destes no mundo obscuro e subterrâneo da exploração sexual, aliados muitas vezes ao crime, a violência e a adição de drogas licitas e ilícitas.
Queremos ações, políticas sociais públicas eficientes que vão de encontro com a prevenção de tais situações, ao invés de apenas tentar curar ou minorar a ferida já exposta. Sem querer cair no extremismo, os dados apontados pelo mapeamento realizado devem ser utilizados pela sociedade civil para que a mesma tenha a possibilidade de trabalhar e saber “cobrar” o pode público e também através de iniciativas de proteção e promoção à infância e a adolescência, do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, não apenas melhorando o problema temporariamente, mas tentando reverter o quadro já exposto.
A situação é esta, crianças “adulteradas” prematuramente, vendidas, exploradas, e usadas como meio de sobrevivência ou até mesmo de beneficio financeira de muitos aliciadores. Que insanidade é esta neste mundo de exploração do “homem pelo homem”, em que amamos as coisas e usamos as pessoas? Por isso, não se cale! Denuncie qualquer forma de exploração, violação, abuso de autoridade ou negligencia em relação a crianças e adolescentes – Disque 100!

Segue o link para a noticia e acesso ao mapeamento:



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