Após 30 anos, o ditador Hosni Mubarak abandonou o Cairo nesta sexta-feira (11) junto com sua família em direção à cidade portuária e turística de Sharm el Sheij, próximo ao Mar Vermelho.
A informação da renúncia foi dada através da TV estatal do Egito pelo vice-presidente Omar Suleimán, enquanto as massas comemoram nas ruas de todo o país, especialmente na Praça Tahrir no Cairo, onde encontram-se cerca de dois milhões de egípcios auto-organizados. O Conselho Nacional Militar assume o poder para realizar a transição, com eleições previstas para setembro deste ano.
Desde as primeiras horas desta sexta-feira (11), circulou a informação de que Mubarak havia abandonado a capital, após mais de 300 mortes e 18 dias de intensas manifestações ascendentes que exigiam sua saída do poder e a queda do regime. Foram mais de dois milhões de pessoas se manifestarem hoje nas ruas de Cairo. Em Alexandria, fortes protestos marcaram presença em frente ao Palácio Presidencial, resguardado pelas forças militares. Houve grandes protestos também em Mansoura, Damnhur, Tanta, Mahalla, Asuit, Sohag, Bani Sawfi.
A revolução política contou com o protagonismo do ativismo internacionalista em redes sociais como o Twitter, Facebook e outras. A transmissão da rede Al Jazeera do Catar foi fundamental para pautar inclusive as agências ocidentais, que não conseguiram realizar um bom trabalho na transmissão das notícias in loco.
Após Israel tomar conhecimento da queda de Mubarak, fontes oficiais do governo disseram esperar por uma “transição suave”. Por outro lado, há notícias que confirmam que no sábado passado (5), aviões israelenses pousaram no Cairo levando gases venenosos proibidos internacionalmente com fins de repressão das manifestações.
O Governo dos EUA, que esperava que Mubarak renunciasse na quinta-feira (10), ainda não se pronunciou oficialmente.
Você pode acompanhar as imagens das mobilizações pela Al Jazeera em:http://english.aljazeera.net/watch_now/
Retirado do: http://carosamigos.terra.com.br/
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