Ultimamente só se fala em percentual de ocupação em hotéis, aeroportos, número de chegadas de pessoas, visitantes e turistas. Deixando os números de lado e fazendo uma análise sócio-política no setor de turismo, é condizente no mundo capitalista atual que as entrevistas pra justificar como “anda” o setor e/ou atividade seja toda respaldada em percentuais, mas cá entre nós porque só em percentuais econômicos?
Uma das razões pode estar ligada ao processo de crescimento econômico, que deveria gerar empregos e diminuir as desigualdades. No entanto, não é o que temos visto, principalmente na região das três fronteiras. Será que se chegarmos a dois ou três milhões de visitantes no Parque Nacional do Iguaçu todos os filhos de nossa terra estarão felizes? É certo que com o maior número de visitantes maior arrecadação de moedas das crianças que trabalham vendendo guloseimas para sobreviverem.
Porém, as preocupações do poder local vão além das cifras de visitação e o aumento de ocupações hoteleiras. 2014 está aí e a expectativa é um ano de muitas alegrias ao povo brasileiro, com Copa do Mundo e o não menos importante aniversário da Usina de Itaipu, completando 40 anos. Se Deus quiser nossos meninos que vendem doces nas ruas, dentro de ônibus e próximo a ponte da amizade ainda estarão firmes e fortes pra comemorar essa tão esperada data.
Pois bem, o turismo não se cria sem a comunidade. Se os nossos meninos estão maltratados, como vão tratar bem quem não é daqui, com que fervor ou com qual bondade irão fazer o bem para a cidade. Não se pode cuidar apenas da economia da atividade, é preciso observar os seus efeitos, constatar se ela está trazendo benefícios aos cidadãos iguaçuenses.
Assim, fica aqui um protesto de quem tem onde morar, mas consegue enxergar quem mora na rua.
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